Os cientistas analisaram os hábitos alimentares de 1,2 mil pessoas entre 70 e 89 anos que não tinham demência. Todas receberam testes de memória. Do total, 163 apresentaram problemas de memória e o risco era duas vezes maior para os que comeram mais calorias.
Os participantes foram divididos em três grupos: o primeiro ingeriu de 600 a 1,5 mil calorias por dia; o segundo, de 1,5 mil a 2,1 mil; e o terceiro, de 2,1 mil a 6 mil. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os dois primeiros, o que sugere que o consumo de menos de 2,1 mil calorias não aumenta o risco de problemas de memória.
A solução, segundo o autor do estudo, o médico Yonas Geda, é a seguinte: cortar calorias e comer alimentos que compõem uma dieta saudável com o passar da idade. Os resultados da pesquisa serão apresentados em abril, na conferência anual da Academia Americana de Neurologia.
Memória saudável
Para a médica Marie Janson, que pesquisa o Alzheimer do Reino Unido, é preciso uma investigação mais completa para verificar os possíveis fatores de risco para demência. "Seria interessante ver como muitas dessas pessoas passam a desenvolver demência no futuro, para saber se existe uma conexão para a doença de Alzheimer", disse ao jornal inglês Daily Mail. Segundo ela, adotar um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e exercício físico regular é benéfico na proteção contra a demência.
Pesquisadores têm estudado o papel desempenhado pela dieta e exercício em relação à perda de memória na velhice. Um estudo realizado há dois anos descobriu que pessoas obesas tinham a tendência de ter cérebros menores, causando maior risco de demência. Por outro lado, as pessoas que fazem exercício físico regular e treinam o cérebro com palavras cruzadas tendem a ter uma memória mais forte.
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