segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Congestionamento e memória: qual a relação?

Por Nicola Helayel

O impacto da poluição do trânsito em nosso organismo tem preocupado os cientistas, pois há uma suspeita de que as pequenas partículas de carbono, as mesmas que causam doenças respiratórias e cardíacas, podem estar danificando as células cerebrais e as partes responsáveis pelo conhecimento e memória.
Por incrível que pareça, estudos dizem que, em cada estágio da vida, a fumaça dos veículos afeta a capacidade mental, inteligência e estabilidade emocional. . "Existe motivo real para preocupação", diz a neuroquímica Annette Kirshner, do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental da RTP, uma organização de pesquisa científica na Carolina do Norte.
Mesmo com carros e caminhões produzindo hoje um décimo da poluição de um veículo de 1970, as pessoas estão frequentemente paradas no trânsito. Ainda não se sabe se há uma relação direta entre a fumaça pesada respirada no trajeto do trabalho para casa e os problemas cerebrais. Para se ter uma idéia, de acordo com alguns estudos, se uma pessoa respira o nível de fumaça de uma rua por apenas 30 minutos, ela pode intensificar a atividade elétrica em regiões do cérebro responsáveis pelo comportamento, personalidade e tomada de decisão, mudanças que são sugestivas de estresse. Já respirar o ar normal da cidade com alto nível de poluição de trânsito por 90 dias pode mudar a maneira como os genes se ativam e desativam entre os mais velhos.
Vejam, crianças expostas a altos níveis de emissões de poluentes foram avaliadas e o desempenho no teste de inteligência foi muito baixo, mostrando uma predisposição a ter depressão, ansiedade e problemas de atenção quando comparadas às crianças de locais de ar mais limpo. Já homens e mulheres mais velhos com maior exposição  tiveram sua idade mental aumentada em cinco anos, acarretando problemas de memória e raciocínio.
São dados curiosos que nos fazem ficar mais atentos. Agora, se tais informações forem confirmadas, será que teremos que usar máscaras no futuro?

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