quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O que fazer para a entrevista ir por água abaixo

Fonte: Exame

Para quase todos os profissionais, a entrevista de emprego se apresenta como um momento decisivo para a carreira. É a hora em que seu futuro, no curto prazo, está em jogo. E, independente do ramo de atuação, as habilidades de comunicação sempre irão falar mais alto nesse momento.
Apesar do peso nesse quesito, vícios de linguagem e erros de comunicação são comuns nas entrevistas de emprego – e, muitas vezes, potencializados pela própria tensão do cenário do processo de seleção para a oportunidade profissional.

A melhor maneira de driblá-los? Preparando-se antes da entrevista. Vale treinar em frente ao espelho, pesquisar a fundo informações sobre a empresa bem como, simplesmente, usar algumas técnicas para diminuir a ansiedade.
Usar as pausas como muletas
Em momentos de extrema tensão, é fato que as palavras custam a tomar corpo nos lábios. Mas é preciso cuidado para não deixar que termos monossilábicos como “ãnh” e “hum” tomem espaço. “No plano da psicopedagogia, dizemos que é um neurônio ‘falando em voz alta’”, diz o professor Silvio Luzardo, do Senac Santa Catarina.

Na prática, esse hábito pode ser visto com maus olhos pelo recrutador. “Essa ausência de vocabulário pode ser considerado como ausência de um recurso de argumentação”, afirma o especialista.

Para evitar esses tropeços no meio do discurso, pense e respire fundo antes de começar a resposta. Isso é essencial para que você organize as ideias e ative o cérebro.
Falar muito rápido ou num ritmo não natural
Há quem, em situações de ansiedade como uma entrevista de emprego, engate a quinta marcha e fale em um ritmo quase na velocidade da luz. Se você integra esse grupo (guardando os devidos exageros da sentença anterior), cuidado.
O recrutador pode não entender uma palavra do que você está dizendo, além de perceber facilmente em qual nível de ansiedade você está. Dica: faça leves pausas entre uma sentença e outra. Só cuidado para não cair no erro anterior.
Não mostrar convicção
Por questões sociais, históricas e culturais, os brasileiros têm o hábito de começar frases com o verbo “acho”. A “tradição”, contudo, não invalida a aparência de hesitação e falta de convicção que o verbo traz.

“O candidato precisa ter certeza do que diz”, diz Luzardo. “Prefira usar expressões como ‘no meu entendimento’ ou ‘a minha experiência me diz’, considerando o contexto. Isso torna o discurso mais elegante”.

Ser informal ou formal ao extremo
O headhunter, provalvemente, fará de tudo para que você se sinta confortável durante a entrevista. Mas isso não pode ser encarado como um código para você se sentir em pleno happy hour com um velho amigo de trabalho. Uso de gírias, palavras de baixo calão ou outros itens que denotem extrema informalidade devem ser evitados.



Agora, a entrevista também não exige pompa e tratamento digno apenas de juízes. Bancar alguém que diferente de quem você realmente é também conta pontos negativos no saldo final.
É comum que, em momentos de extremo nervosismo, alguns escorregões no português aconteçam. Mas isso, jamais, deve ser a regra. Segundo especialistas, todo candidato precisa ter atenção redobrada na hora de conjugar verbos ou, simplesmente, pronunciar algumas palavras.
Assassinar o português



Editado e Revisado por: Priscilla Escócio

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